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Gimmie Trouble |
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Adult.
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| EUA |
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Formada pelo casal Nicola Kuperus e Adam Lee Miller em Detroit, o ADULT. é dessas raras bandas que nunca fez a menor questão de agradar, de "seguir tendências", de se enquadrar, de parecer cool. Ao contrário: o próprio nome já surgiu da intenção de incomodar, com letras maiúsculas e um ponto final,...  |
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| 1. |
Gimmie Trouble
- 3:59
(Adult.) |
electronic |
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| 2. |
Bad Ideas
- 2:58
(Adult.) |
electronic |
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| 3. |
Scare Up The Birds
- 3:30
(Adult.) |
electronic |
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| 4. |
Thought I Choked
- 3:31
(Adult.) |
electronic |
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| 5. |
Strange Mistakes
- 3:28
(Adult.) |
electronic |
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| 6. |
Disappoint The Youth
- 4:03
(Adult.) |
electronic |
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| 7. |
In My Nerves
- 3:32
(Adult.) |
electronic |
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| 8. |
Turn Into Fever
- 2:35
(Adult.) |
electronic |
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| 9. |
Helen Bach
- 3:18
(Adult.) |
electronic |
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| 10. |
Still Waiting
- 2:28
(Adult.) |
electronic |
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| 11. |
Lovely Love
- 2:40
(Adult.) |
electronic |
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| 12. |
Seal Me In
- 2:41
(Adult.) |
electronic |
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| Release |
| Formada pelo casal Nicola Kuperus e Adam Lee Miller em Detroit, o ADULT. é dessas raras bandas que nunca fez a menor questão de agradar, de "seguir tendências", de se enquadrar, de parecer cool. Ao contrário: o próprio nome já surgiu da intenção de incomodar, com letras maiúsculas e um ponto final, como que a cortar qualquer blablablá. ADULT. é uma crítica à cultura de consumo infantilizada e simplista, feita para agradar e vender "dos 8 aos 80", é uma ironia com a juventude MTV, um deboche com o que é feito sob encomenda para o sucesso. ADULT. não quer ser youth, quer contrariar, quer ser uncool. Talvez por isso mesmo tenha se tornado uma das bandas mais cool do novo electro que emergiu no final dos anos noventa e no início do milênio. Pode-se dizer que as excelentes fotos e capas de Nicola para o ADULT. ajudaram nisso, mas é certo que eles não apelaram para o lado mais deslumbrado dessa história, não tornaram maquiagem, figurino e "hype" mais importantes do que o som que fazem - goste ou não de seus gritos, paranóias e dissonâncias, é isso o que eles querem fazer. Música bonitinha, letras fofinhas e performances calculadas não lhes interessa. São desses que vieram para confundir. Querem confusão. Desde 1997 permanecem fiéis à sua proposta, DIY, independentes e adoravelmente esquisitos. Agora, além das bases lo-tech e dos vocais cada vez mais atormentados de Nicola, em "Gimmie Trouble" também há sons de baixo e as texturas de guitarra de Sam Consiglio - que chegou a ser efetivado mas já saiu da banda, deixando a guitarra ao vivo com Adam Miller. Ao contrário do que alguns poderiam pensar, "Gimmie Trouble" não chega a representar uma ruptura no som do ADULT. ou uma busca oportunista de pegar carona no sucesso que o rock (pop) voltou a fazer entre... a tal da juventude. Como diz a faixa seis: "Disappoint the Youth". "Gimmie Trouble" é uma reafirmação de valores e uma negação a qualquer rótulo restritivo, seja eletrônico ou rock. Soam mais punks e estranhos do que nunca. Como eles mesmos dizem: "...a todos vocês que pensam que nós deveríamos nos livrar das guitarras ou que deveríamos manter a nossa música de um certo jeito, nós dizemos: mudamos pra nos livrar dos bitolados! E a todos vocês que são fãs verdadeiros da nossa música... dizemos obrigado por entenderem. A música deve ser Esquisita e Desafiadora (em nossa humilde opinião)." Eles conseguem que a música seja assim. Com a faixa inicial, "Gimmie Trouble", já fica claro qual o rumo. O disco segue cada vez mais com dissonâncias, timbres agressivos, ritmos obssessivos e percussões industriais, tudo usado com senso de humor (negro). As letras são cheias de escárnio e os vocais absurdos de Nicola têm um pouco de John Lydon com uma "Siouxsie on speed em 1978". "Bad idea" é uma das que soam mais tortas e com o vocal mais surtado."Scared up the birds" brinca um pouco com a new wave de forma no wave; "In my nerves" é das mais animadinhas. Tudo é perturbador - mas divertido. Ah, sim: e ainda dá pra dançar, se você não tiver nervos fracos. É muito bom que ainda existam bandas assim, que se negam a fazer o jogo certo. (Leandra Lambert, jornalista e vocalista/programadora da Voz del Fuego) |
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Por Artista
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