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1. |
Intro/ A Jeitosa do Morro
- 3:27
(Alexandre Caparroz) |
pop |
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2. |
Helena x Aldine
- 3:36
(Alexandre Caparroz) |
pop |
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3. |
A Babilônia de David
- 2:10
(Alexandre Caparroz) |
pop |
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4. |
Desejos Ardentes
- 2:43
(Alexandre Caparroz) |
pop |
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5. |
Vinheta
- 0:35
(Alexandre Caparroz) |
pop |
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6. |
Pixoxó em Lua de Mel
- 2:21
(Alexandre Caparroz) |
pop |
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7. |
Vera, a Diaba Loira
- 3:03
(Alexandre Caparroz) |
pop |
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8. |
Simplesmente Glória
- 3:06
(Alexandre Caparroz) |
pop |
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9. |
Mulher Objeto
- 1:55
(Alexandre Caparroz) |
pop |
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10. |
Um Grapete Antes, um Cigarro Depois
- 0:38
(Alexandre Caparroz) |
pop |
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11. |
O Eterno Pecado Horizontal
- 3:58
(Alexandre Caparroz) |
pop |
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12. |
Suite para Peréio
- 4:29
(Alexandre Caparroz) |
pop |
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13. |
Sala Especial
- 3:00
(Alexandre Caparroz) |
pop |
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14. |
Tá Tudo Errado Porra!
- 1:48
(Alexandre Caparroz) |
pop |
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15. |
Pixoxó Remix
- 3:17
(4Nazzo) |
pop |
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16. |
Babilônia Dub Version
- 4:49
(Rodrigo F. Leão) |
pop |
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17. |
Ainda Te Pego (bônus track)
- 2:55
(Alexandre Caparroz) |
pop |
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Release |
Ele já foi "the next big thing" tocando bateria com o Professor Antena. Ele já foi "has been" tocando bateria com o Professor Antena. MAS NÃO: Alexandre Caparroz, o Che, inventou de fazer um disco com trilhas fictícias de pornochanchadas brasileiras da década de 1970. Essa é a história rápida de Sexy 70 - Music Inspired by the Brazilian Sacanagem Movies of the 1970s. A história longa eu vi de perto. Alexandre queria organizar uma compilação com aquelas maravilhas soul-bossa-lounge-jazz-telecoteco que serviam de trilha para histórias de mulheres frígidas à procura de prazeres insólitos, colegiais virgens descobrindo o mundo-cão e outros temas edificantes. Quem tem por volta de 30 sabe do que se trata, porque já assistiu a todas essas pérolas na segurança de seu lar, nas constantes reprises da Sala Especial da TV Record. Nos anos anteriores (entre 1972 e 1982, mais exatamente), entretanto, esse tipo de cinema levou milhões de brasileiros aos cinemas, nos tempos em que cinemas ficavam em grandes avenidas das regiões centrais - não em shopping centers - e um ingresso custava pouco mais do que uma passagem de ônibus. Misturando humor brasileiríssimo (donde a "chanchada") com sexualidade reprimida dos tempos da ditadura (donde o "pornô"), filmes como Ainda Agarro Essa Vizinha, Procura-se uma Virgem, Kung Fu Contra as Bonecas e Bacalhau, construíram uma verdadeira indústria cinematográfica no Brasil - financiada por estúdios de fundo-de-quintal, bancados por cotas compradas por "empresários" do centro velho de São Paulo como donos de postos de gasolina e mecânicos de automóveis. Era a chamada "Boca do Lixo", onde hoje funciona a "Crackolândia". Ah, velhos tempos! Os filmes daquela época, aos poucos, começam a ser levados a sério por eruditos do cinema (pelo menos como fenômeno popular ou como itens de destaque no currículo de gente como Vera Fischer, Sônia Braga, Jardel Filho e Nuno Leal Maia). Sobre a música, quanta injustiça, pouco se fala. Os discos com as trilhas eram uma raridade já naquela época, quando eram lançados. E, por trás de um garanhão a bordo de seu Opala, sempre havia um tema escrito por Erlon Chaves, Carlos Lyra, Nonato Buzar e Hareton Salvanini, com guitarrinhas wah-wah de feras como Heraldo do Monte, xilofones estilosos e baixos graúdos. Pois então, Alexandre Caparroz queria prestar uma homenagem a esses gênios obscurecidos e àquelas prazerosas e solitárias madrugadas de sexta-feira. Bem, quando não ouvia um "você nunca vai descobrir com quem estão os direitos disso", Che ouvia algo como "você nunca vai conseguir a liberação desses fonogramas". Com tanto estímulo externo, surgiu o perigo de que uma ótima idéia se transformasse em meses de penúria e chateação. Assim, como fosse algo muito simples, só restou a nosso amigo virar as noites nos horários vagos de seu estúdio gravando, ele mesmo, temas escritos, por ele mesmo, para pornochanchadas imaginárias, com a maior fidelidade instrumental, maior respeito e maior capricho. Eis Sexy 70 - Music Inspired by the Brazilian Sacanagem Movies of the 1970s. O disco é um gerador de sorriso-de-orelha-a-orelha do começo ao fim, mas não tem nada a ver com cultura trash. É bem tocado, bem gravado e com arranjos que sobrevivem por si (independentemente da bela história aí em cima). É uma jornada reverente, mas não uma caricatura. Estão lá os diálogos de Helena Ramos e Paulo Cesar Peréio, dois ícones do cinema popular dos anos 70, para dignificar o trabalho e coloca-lo na nobre linhagem da arte feita para as massas. E é um discão de música instrumental, mas não é tipo "hmmm, venha saborear essa iguaria refinada". Necas. É um disco para ouvir numa festa entre amigos, dirigindo lentamente alguma banheira com motor V8, lavando louças ou reproduzindo alguma das posições sexuais que David Cardoso elevou à condição de cult. E agora, Alexandre diz, há o show. Ele quer usar programações e samples para não ter de brincar de supergrupo e deixar que brilhe o telão em que trechos dos filmes conduzam a coisa toda. Som clássico, visual clássico e os amigos reunidos. Tem horas que a boa música pop serve pra coisas bem decentes. Eis uma delas. |
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Por Artista
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