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1. |
The Microwave Popcorn (Tchôtcho No Hane No Ugôki)
- 1:38
(Sergio Antônio Burgani/ Edmilson dos Santos Nery) |
contemporary |
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2. |
Clarinet Machine
- 6:29
(Luca Raele) |
funk |
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3. |
Quinteto Para 2 Clarinetas e Meia
- 5:36
(Luca Raele) |
contemporary |
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4. |
Intermezzo Op. 118 nº 2
- 6:09
(Johannes Brahms/ Luca Raele (adaptação)) |
classical |
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5. |
Das Vierklaklavier - I - Eulenvienviertanz
- 3:47
(Franz Tischhauser) |
classical |
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6. |
Das Vierklakiavier - II - Galgenschienkerer
- 3:59
(Franz Tischhauser) |
classical |
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7. |
Das Vierklakiavier - III - Gelachtertrab
- 2:41
(Franz Tischhauser) |
classical |
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8. |
Hino Nacional Brasileiro
- 2:14
(Osório Duque Estrada/ Francisco Manuel da Silva/ Luca Raele (adaptação)) |
classical |
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9. |
A Ginga do Mané
- 3:16
(Jacob do Bandolim) |
choro |
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10. |
A Fala da Paixão
- 6:45
(Egberto Gismonti) |
brazilian instrumental |
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11. |
Choro Negro
- 3:44
(Paulinho da Viola/ Fernando Costa) |
choro |
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12. |
Pot-Pourri: Naquele Tempo/ Lamento/ Um A Zero
- 4:33
(Pixinguinha/ Benedito Lacerda/ Vinícius de Moraes) |
choro |
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13. |
Espinha de Bacalhau
- 3:36
(Severino Araújo) |
choro |
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14. |
Dobrado
- 3:39
(André Mehmari) |
contemporary |
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15. |
Vierklarinettenstucke I
- 2:38
(Johannes Reiche) |
classical |
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16. |
Vierklarinettenstucke II
- 2:04
(Johannes Reiche) |
classical |
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17. |
Vierklarinettenstücke III
- 1:53
(Johannes Reiche) |
classical |
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18. |
Vierklarinettenstücke IV
- 1:51
(Johannes Reiche) |
classical |
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19. |
The Microwave Popcorn (Rênge Popucon)
- 1:47
(Sahujiro Yoki) |
contemporary |
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Release |
"Para escutar o Sujeito a Guincho e seu estilo que nasce da liberdade pessoal de cada um dos seus componentes, os ouvintes têm que torcer para que este segundo disco, em preparação, chegue a ser prensado". Este era o trecho final da pequena reportagem transcrita aqui quase em sua integra, e publicada no caderno Grande São Paulo da Gazeta Mercantil em setembro do ano passado. Deu certo, agora o disco está pronto, faz parte do pacote de lançamento do selo Y Brazil? Music. O que se ouve neste segundo disco do Sujeito a Guincho mantém a tradição do conjunto: nasce da decisão destes clarinetistas de se darem ao prazer de exercer a excelência com marca própria: sob o risco, sempre, de estarem sujeitos a guincho. Mônica Teixeira Não entendo do que eles estão rindo, estranha o técnico de som. "Eles" são os instrumentistas que formam o Sujeito a Guincho - um quinteto de clarinetas paulistano peculiar de muitos modos, sempre elogiado pela crítica desde o aparecimento, há três anos. Na noite de terça-feira passada, os cinco clarinetistas reuniram-se para a primeira sessão de gravação de seu segundo CD. Dentro do estúdio, os rapazes riem e conversam. Não dá mesmo para saber exatamente o que os diverte - é conversa muito especializada; e envolve as doces clarinetas, uma paixão comum a estes músicos. Quando sossegam, um deles comanda o técnico e os companheiros, e começa a execução de outra peça. Pode ser um chorinho, um intermezzo de Brahms, ou um tema de jazz. Também pode ser, como agora, o Hino Nacional. Não importa o que seja. Importa, sim, a singularidade do jeito de fazer do Sujeito a Guincho - que já lhes deu dois grandes prêmios da música brasileira, o Sharp e o Eldorado; regalou e desconcertou os ouvintes do primeiro disco; e fez sensação no Clarinet Fest - o encontro anual de profissionais e fãs do instrumento, promovido pela International Clarinet Association, no qual o conjunto já se apresentou duas vezes, a convite dos organizadores. Em 98, a festa foi em Columbus, capital do estado de Ohio, EUA. O disco que estão gravando contém o repertório do concerto que o Sujeito a Guincho ofereceu aos colegas. Serginho, Luca, Montanha, Nivaldo, Edmilson: nesta ordem, da esquerda para a direita, eles se sentam para tocar, no estúdio ou no palco. Todos são profissionais conhecidos no movimentado mundo musical de São Paulo. Edmilson e Serginho tocam na Orquestra Sinfônica Estadual; Montanha na Orquestra Municipal e na Jazz Sinfônica; Nivaldo nas duas orquestras de Campinas - a da cidade e a da universidade. Luca tocou durante quatro anos na Jazz Sinfônica, e na Municipal, mas saiu. É o arranjador, pianista e clarinetista do Nouvelle Cuisine. Serginho (37 anos de idade e 30 de clarineta), professor do instrumento na Unesp, e Nivaldo, na Unicamp, ensinaram Montanha (o nome dele é Luís Antônio), que depois se doutorou em clarone na Holanda e é professor do departamento de Música da USP. Todos, à exceção de Luca, começaram a carreira tocando em banda - Edmilson e Serginho na banda de São Bernardo, Nivaldo na de Tatuí, Montanha na de Americana. Todos, por caminhos diversos e semelhantes, músicos de formação erudita. Todos, também, inquietos com problemas do oficio. "Um guincho é como um raio que cai" A clarineta é instrumento recente na história da música, do século XVIII. Resulta da novidade ser pequeno o repertório disponível para quem escolhe o instrumento. Quando o quinteto de hoje começou a formar-se, em 1991, ainda quarteto, a força propulsora que impeliu Luca, Serginho, Edmilson e Montanha a se encontrarem foi exercer o prazer de tocar clarineta, que eles sentiam constrangido na estrutura das orquestras em que trabalhavam e nas peças que executavam. Nos encontros aos sábados pela manhã, os rapazes deliciavam-se com as potencialidades da clarineta e do clarone; experimentavam o improviso; executavam novos arranjos, feitos principalmente por Luca; e divertiam-se, muito, uns com os outros. Antes mesmo de o quarteto ter nome, já tinha um estilo, nascido desse compromisso deles com o prazer, com a liberdade musical, e com a irreverência - e que traz consigo o risco de trilhar padrões diferentes dos pré-estabelecidos. Quanto mais longe se arrisca o clarinetista nos caminhos por onde o leva o instrumento, tanto mais estará ele sujeito a guinchar. Daí o nome, que saiu da cabeça de Serginho, quando o conjunto precisou ser batizado para a inscrição no prêmio Eldorado de música, em 1995. "Um guincho é como um raio que cai", afirma Sérgio, e explica que a possibilidade de guinchar nunca deixa de assombrar um clarinetista. A crônica do instrumento registra que até Benny Goodman, o celebre jazzista norte-americano, guinchou em alto estilo pelo menos uma vez: quando tocou "Rhapsody in blue", de Gershwin, a convite do maestro Arturo Toscanini, que regia a orquestra da NBC. Está gravado em disco, dizem. Serginho explica que o guincho pode resultar de esbarrar numa chave, ou de soprar o ar com pressão demais na palheta, e ronda permanentemente o clarinetista, por mais experiência que ele tenha. Ele ri um pouco de si, ao lembrar-se de uma vez em que o desastre lhe aconteceu, na Sinfônica Estadual: "é tão inesperado que nem percebi que era eu o autor do guincho". É fácil rir depois. Um tanto sem-vergonha, ao denominar-se Sujeito a Guincho, o conjunto fez uma espécie de declaração de princípio. Não houve guinchos durante o concurso Eldorado, e eles chegaram ao prêmio, que incluía a gravação de um disco - ainda nas boas lojas do ramo. As faixas vão de Keith Jarrett a Radamés Gnatalli, de Charlie Parker a Tom Jobim. Estao lá as marcas dos sujeitos a guincho - que, a partir do disco, tornaram-se quinteto, com a chegada de Nivaldo. São eles que dizem deles mesmos: têm o lirismo de Edmilson, sua seriedade e sua sonoridade; a disciplina de Montanha; a destreza de Serginho; as idéias e o improviso de Luca; o apuro técnico de Nivaldo. Também tem o diálogo entre a diversidade no jeito de cada um obter sons das clarinetas; e a apropriação de muitas referências e citações, reconhecíveis, irônicas, desconcertantes. O disco encantou o júri do prêmio Sharp - que elegeu o CD como o melhor de musica instrumental em 96. |
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Por Artista
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