|
|
|
|
|
|
1. |
Morando no Sapato
- 03:59
(Reginaldo / Tiquinho / Marco Mattoli) |
samba rock |
|
|
2. |
Sensacional Brenda Lígia
- 03:34
(Marco Mattoli) |
samba rock |
|
|
3. |
E Como O Vento Foi Embora
- 04:06
(Marco Mattoli / Tereza Gama) |
samba rock |
|
|
4. |
Pela Contramão
- 04:17
(Marco Mattoli / T. Kaçula / Renato Dias) |
samba rock |
|
|
5. |
Preta Rara
- 03:13
(Marco Mattoli / Luis Vagner) |
samba rock |
|
|
6. |
Tocha Botafogo
- 04:04
(Marco Mattoli / Robson Capela / Renato Dias) |
samba rock |
|
|
7. |
Galaxy Dourado
- 03:38
(Marco Mattoli / Edu Salmaso / Renato Dias) |
samba rock |
|
|
8. |
Pra Não Dar Bandeira
- 04:00
(Marcelo Maita) |
samba rock |
|
|
9. |
Dentro dos Olhos Dela
- 03:58
(Marco Mattoli / Luis Vagner / Edu Salmaso) |
samba rock |
|
|
10. |
Fazendo Nada
- 03:10
(Gringo Pirrongelli / Rodrigo Leão / Marco Mattoli) |
samba rock |
|
|
11. |
Samba Quebrado
- 04:06
(Marco Mattoli / Rodrigo Leão) |
samba rock |
|
|
12. |
Seu Alberto
- 04:35
(Gringo Pirrongelli) |
samba rock |
|
|
|
Release |
Quando fez seu primeiro show, em 13 de maio 2000, no salão comunitário de um conjunto da COHAB em Artur Alvim, na grande São Paulo, o Clube do Balanço já acelerava na contramão da história. Mais do que isso: largava veloz e certeiro rumo ao passado logo no primeiro ano de um século que sempre foi sinônimo de futuro. Marco Mattoli, Edu Salmaso, Gringo Pirrongelli, Tereza Gama, Marcelo Maita, Fred Prince, Tiquinho e Reginaldo "16" e os DJs Claudio Costa e Renato Bergamo resolveram se juntar pra fazer o show de uma banda "que só tocasse samba rock, que nem nos bailes dos anos 70". Uma paixão comum entre eles, mas extremamente incomum no meio musical - o estilo passou anos relegado ao segundo plano da MPB sobrevivendo entocado nos bailes da periferia. Em seguida, pela contramão mais uma vez, resolveram levar este "baile" para a Vila Madalena, iniciando a "onda" do samba rock que nos últimos anos tomou conta de todas as outras Vilas Madalenas do Brasil, da Cidade Baixa em Porto Alegre à Santa Teresa no Rio. E pela contramão seguiu nos últimos anos, fazendo arrastar as sandálias em salões do mundo todo, em incontáveis apresentações ao vivo e recentemente numa longa e bem sucedida turnê pelos festivais da Europa, Austrália, Nova Zelândia e Cingapura. Ouvindo Pela Contramão, o terceiro álbum da banda, você vai entender como a banda de baile nascida na COHAB transformou-se num must do dancefloor jazz internacional. Como as versões de grandes canções do gênero foram dando espaço pouco a pouco a um trabalho cada vez mais autoral e inventivo. Pela Contramão expande as fronteiras do gênero que consagrou a banda, deixando o samba rock balançar cada vez pro lado do jazz, do soul e do samba de raiz. Marco Mattoli sobe de categoria e se consagra como letrista e compositor de peso, além um cantor cada vez mais seguro e empolgante, tendo seu talento afiado por centenas e centenas de shows. Edu Salmaso, Gringo Pirrongelli, Tereza Gama, Marcelo Maita, Fred Prince, Tiquinho e Reginaldo "16" se apresentam também como compositores e instrumentistas de inquestionável qualidade seja no samba de raiz como em E como o Vento foi embora e Samba Quebrado; no soul de Galaxy Dourado; no samba jazz em Morando no Sapato, Amanhã e Seu Alberto e até na baianidade de Fazendo Nada. Tudo isso sem nunca esquecer da paixão pelo samba rock com os clássicos instantâneos Sensacional Brenda Ligia, Dentro dos olhos dela, Pela Contramão e Preta Rara. O álbum começa pela instrumental Morando no Sapato onde a banda evoca os temas dançantes de D'Angelo, Ed Lincoln, Henry Mancini misturada com malandragem pop de Wilson das Neves e até uma pitada de surf music. Em seguida vem a deliciosamente pop Sensacional Brenda Ligia, canção que é a cara do Clube: uma descontraída ode a uma linda gata negra com metais em brasa e sessão rítmica pulsante. Mas é em E como o vento foi embora que as surpresas começam a aparecer. Essa parceria de Mattoli e Tereza Gama não faria feio ao lado da obra de Paulinho da Viola, João Nogueira Paulo César Pinheiro ou Ney Lopes. Um samba de raiz de letra e melodia primorosos. Já Pela contramão, é um samba rock "encrencado" como diz Mattoli, e faz parte do esforço do Clube para ampliar as possibilidades do gênero misturando a ele influência do sambão de Jair Rodrigues e da cadência pouco ortodoxa de Orlandivo. Como não podia deixar de ser, a tradicional parceria do guitarreiro Luis Vagner e Mattoli dessa vez produziu mais um clássico: Preta Rara - uma linda canção de amor pra dançar ou uma linda canção dançante pra amar, tanto faz. Herdeira de Branca de Neve e do próprio trabalho de Vagner. Tocha Botafogo é um hit de baile que vai bagunçar os salões com o que no Rio seria chamado de um samba funk, mas que para conhecedores de Helio Matheus e Raul de Souza, reflete o samba rock tingido do suingue setentista do Funk Jazz norte americano. Na próxima faixa a soul music brasileira apresenta-se pela primeira vez na obra do Clube. Galaxy Dourado abertamente homenageia Hyldon sem deixar de dar uma carona ao soul de Tim Maia e Robson Jorge Outra das grandes revelações do disco é o Amanhã, um doce e gingado tema instrumental de Marcelo Maita, uma bossa jazz que lembra tanto João Donato quanto Marcos Valle. Trilha para muitos amanhãs felizes e sábados ensolarados. Em Dentro dos Olhos dela Mattoli solta a voz numa das melhores interpretações do disco, talvez porque seja uma canção com sua clara assinatura de composição. Antes que o disco acabe o Clube pára para uma meditação budista-nagô com a suave Fazendo nada inspirada nos sentimentos budistas do compositor Gringo Pirrongelli, que de nada sofrem com a influência de João Donato e Nana Caymmi. Em seguida um pouco de drama, pois fazer samba não é contar piada: Samba quebrado traz Tereza Gama soltando seu vozeirão sobre uma letra intrincada de Rodrigo Leão em um estilo que fica entre o samba canção e o balanço de Branca de Neve. O já tradicional fechamento instrumental do álbum vem com Seu Alberto, um boogie woogie criado em homenagem a Herp Albert and The Tijuana Brass. O tema, composto por Gringo Pirrongelli, é uma homenagem a Dona Inês e Seu Omar, seus pais, que exímios dançarinos que eram levavam o baixista ainda menino aos bailes onde conheceu Billy May, Benny Goodman, Duke Ellington, Barney Kessel e muitos outros. O Clube do Balanço tirou o samba rock do gueto. Como os grandes filmes de gênero, como O Poderoso Chefão, que são capazes de ultrapassar sua condição estilística, Pela Contramão abre os braços pro balanço e abraça muito mais do que apenas o samba rock. |
|
|
|
|
|
Por Artista
|
Selecione acima o artista que está buscando, ou use o box abaixo para achar o disco ou música de seu interesse. Para ver todo catálogo clique aqui !
|
|
|
|
|
|